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Tanguá realiza o 1º Encontro para o enfrentamento à violência contra mulher

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Na manhã de ontem (18), a prefeitura de Tanguá realizou, por meio da secretaria municipal de Assistência Social, Trabalho e Habitação, em parceria com o Conselho Municipal da Mulher; a secretaria de Estado de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos; e a subsecretaria estadual de Políticas para as Mulheres, o 1° Encontro para Celebração do Pacto de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher.

Acontecendo no mesmo mês em que se celebra o 15º aniversário de criação da Lei Maria da Penha e também da campanha Agosto Lilás, que foi criada como parte da luta representada pela mesma Lei, sancionada em 7 de agosto de 2006, para combater e inibir os casos de violência doméstica no Brasil, o evento teve como objetivo a união de  forças para implementar políticas públicas integradas para a mulher no município.

A abertura se deu com a apresentação da intérprete Sarah Rocha, do “Projeto Lona na Lua”, que fez uma brilhante performance sob a música “Triste, Louca ou Má”, da banda Francisco, El Hombre, que trata de uma crítica social sobre o comportamento em relação à emancipação das mulheres. Além disso, representa alguns dilemas enfrentados pelas mulheres que buscam tomar decisões sobre suas próprias vidas sem serem comandas e/ou julgadas.

Seguindo a programação, a Sra. Michelle Carcabini, uma ex-vítima de violência doméstica por sete anos seguidos, e que agora é uma ativista da causa em defesa das mulheres de Tanguá, fez um emocionante relato de seu sofrimento durante o casamento e contou sobre a dificuldade que teve até tomar a decisão de denunciar, após ter sido torturada e escalpelada pelo seu ex-marido.

Este encontro celebra, através desta pactuação, no qual se obrigam a envidar os esforços necessários a fim de dar garantia e preservação dos direitos da mulher, em especial das vítimas de violência familiar e de gênero.

O Pacto de Enfrentamento à Violência contra a Mulher consiste em um acordo intersetorial entre órgãos públicos estaduais e municipais para o planejamento e a execução de ações necessárias à consolidação da política pública integrada de defesa da mulher vítima de violência e o debate de temas relacionados ao enfrentamento da violência contra as mulheres em suas mais diversas formas e do pacto nacional pelo enfrentamento da violência contra a mulher.

O Brasil foi o 18º país da América Latina a adotar uma legislação para punir agressores de mulheres.

Tão emocionada quanto Michelle Carcabini, a secretária municipal de Assistência Social, Trabalho e Habitação, Hezimara Duarte, depois de agradecer a participação de todos, disse o seguinte:

“Precisamos transformar não só a questão da violência, mas transformar a causa da mulher como um todo. A gente precisa de uma saúde de qualidade, a gente precisa de educação, a gente precisa de profissionais de assistência social, de psicólogos de qualidade e de outras políticas que tragam mais segurança e melhorias de vida para nós, mulheres”, completou.

Presentes à cerimônia estiveram autoridades municipais, como o vice-prefeito André Paixão; secretários de diversas pastas; vereadoras e vereadores, e também do governo do Estado. Entre elas, a subsecretária de Políticas Públicas para as Mulheres, Dra. Glória Heloiza Lima da Silva, representando o secretário de Estado de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, Matheus Quintal; a Sra. Marisa Chaves, fundadora do Movimento de Mulheres de São Gonçalo e integrante da Comissão de Segurança da Mulher, do CEDIM-RJ; integrantes da Patrulha Maria da Penha do 35° BPMERJ, comandados pela Tenente Aline; a Dra. Karen Lívia da Silva Figueiredo, Presidente da 35ª Subseção de Rio Bonito, Silva Jardim e Tanguá; entre tantas outras.

Depois de citar  o nome de diversas mulheres que contribuíram e que continuam contribuindo na vida pública – não apenas em Tanguá, como em diversas outras cidades – o prefeito Rodrigo Medeiros, antes de encerrar a cerimônia, agradeceu a todas e disse:

“Em uma cidade composta por uma população predominantemente feminina, precisamos investir em formação, no empoderamento, na possibilidade de fazer com que essas mulheres consigam ascender, construir as suas autonomias, precisamos construir creches para que as mulheres possam ir em busca de seus espaços no mercado de trabalho, enfim. A gente fica muito feliz com o que a gente tem construído, mas ainda temos muito a fazer”, concluiu.

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