Agricultura
Publicado em: 8 de novembro de 2021 Prefeitura Tanguá

Abandonada há 30 anos, Tanguá resgatou, neste final de semana, a cultura da feira livre

A feira livre é um ambiente democrático que faz parte do cenário cotidiano, desde os pequenos bairros até os bairros nobres, nas mais diversas cidades do nosso país.

Apesar de ter concorrentes como supermercados, onde a forma de pagamento é mais facilitada, já que, de modo geral, se pode usar cartões de crédito e em alguns casos até mesmo cheques, a feira resiste e faz parte da cultura urbana contemporânea. Isso porque frequentar feira é um costume que corre nas veias de muitos brasileiros.

A feira é um ambiente tradicional, com muito calor humano e uma ótima alternativa para produtores agrícolas.

Frequentar feiras é algo que está no sangue dos brasileiros e uma ótima forma de reforçar a nossa cultura. Para os produtores rurais, é muito positiva, pois eles não precisam ir até os clientes; os clientes que vão até eles.

A princípio, as feiras livres surgiram para atender as necessidades de troca dos mais variados tipos de itens entre as pessoas, mas, com o surgimento da moeda, as trocas foram substituídas pelo comércio dos produtos. Atualmente é um espaço de interações, onde os comerciantes garantem sua renda e também criam laços com as pessoas que frequentam o local.

A feira chama atenção em um primeiro momento, pois é um ambiente colorido por frutas, legumes e toldos. O som ambiente também é único.

Promoções são anunciadas o tempo inteiro por feirantes, que falam com firmeza sobre a qualidade de seus produtos e sempre garantem que são mais baratos que os da barraca ao lado.

Nas feiras brasileiras, de tudo se encontra. Desde os legumes, frutas e verduras, que são os protagonistas do ambiente, até roupas íntimas e sandálias de couro, por preços que agradam o consumidor. As barracas de pastel também são destaque e fazem sucesso entre os frequentadores. É quase um hábito se escorar no balcão das tradicionais barracas ou kombis, para comer aquele pastel de queijo, carne ou camarão, acompanhados do também tradicional caldo de cana.

Elas têm conquistado cada vez mais adeptos,  preocupados com a saúde ao ingerir frutas, verduras e outros alimentos.

A tradicional cultura foi abandonada durante três décadas, nos mais diferentes governos, aqui em Tanguá.

No último sábado (06), a atual gestão, liderada pelo prefeito Rodrigo Medeiros, deu início ao resgate desta cultura e realizou a 1ª edição do novo espaço cultural sabatista: A Feira Livre Municipal.

Não por coincidência, ela passa a ser realizada na Avenida Dulce Lopes Garcia, ao lado da antiga estação ferroviária, onde atualmente está sediada a “Estação da Cultura”, sede da secretaria municipal de Cultura e Turismo; e que também ladeia o campo do tradicional ‘Tanguá Futebol Clube’ e será realizada, de forma recorrente, em todos os sábados, das 08h às 14h, sendo encerrada com a apresentação de um artista local, apresentando um repertório eclético que irá do forró ao baião; do samba ao rock and roll, para que todos possam resgatar as energias gastas com a semana de trabalho, se preparando para o descanso de domingo e recomeçar com equilíbrio e satisfação a nova jornada.

As feiras orgânicas e agroecológicas chegaram para ficar na vida cotidiana do povo brasileiro e recebem todo o apoio de alguns governantes. Em Tanguá não foi diferente. O prefeito pretende, não apenas fortalecer a agricultura familiar, mas também criar o Programa Municipal de Fortalecimento da Agricultura Orgânica, através da da secretaria municipal de Agricultura e Desenvolvimento Rural.

“Na feira, a gente compra de tudo. Desde as frutas, verduras e legumes, até o feijão e também algumas sementes e ervas, além de temperos… A gente só não compra mesmo o que não tem”, disse Rodrigo Medeiros.

“A feira livre é do povo e para o povo. Por conta da quantidade de barracas, que por ora ainda é pequena – mas que em breve vai se avolumar – a concorrência será grande e a pechincha será permitida. Diferentes tipos de pessoas passarão por ela. Consumidores, vendedores, produtos e também os transeuntes. Esse tipo de comércio carrega consigo muito da cultura do Brasil. Sinestesia, contato e calor humano, são paisagens das cidades brasileiras”, completou o prefeito.

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