A secretaria de Cultura e Turismo, juntamente com o departamento de Patrimônio Cultural, realizou uma pesquisa na Estação Ferroviária tendo como objetivo restaurar a originalidade do prédio.
Logo após perder sua cobertura original em telhas de barro, conhecidas como telhas francesas por serem importadas após o final da década de 60 comprovadamente através de documentação fotográfica, o prédio da estação passou por diversas repinturas em branco a cal, amarelo e azul.
“Iniciamos um processo de reversibilidade. As paredes pretendemos voltar para a cor utilizada na época. A cor era marfim bege até o teto, o barreado era castor suave, e as portas eram marrom amor perfeito”, explica o secretário de Cultura e Turismo, Reginaldo Garcia, que possui formação em Belas Artes.
Através de uma prospecção, se investigou o que existia debaixo das camadas de tinta. O processo contou com a colaboração de Alexandre Shiachticas, que acumula em seu currículo participação em diversos projetos de restauração, incluindo os prédios do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, da Fundação Casa Rui Barbosa e muitos outros.
A secretaria também planeja uma mostra fotográfica que retrata, em espécie de linha do tempo, a história da edificação no Centro de Memória que será aberto na Estação.
“Queremos contar com a participação popular. As pessoas que possuírem em casa algo que relembre a estação e tenha o interesse em fazer a doação para o acervo do Centro de Memória, podem entrar em contato com a secretaria pelo telefone 2727-4113 ou pelo e-mail patrimoniocultural@tangua.rj.gov.br”, finaliza.